The context of stress in occupational health workers: bibliometric study/O contexto do estresse ocupacional dos trabalhadores da saude: estudo bibliometrico.
INTRODUCAOO estresse e uma tematica sempre atual oriunda da diversidade de contexto social e vulnerabilidades a que os trabalhadores estao sujeitos no processo laboral (Barcaui & Limongi-Franca, 2014). A questao dc estresse e um fenomeno mundial com elevado impacto nas organizacoes, principalmente nos sistemas de saude, pois compromete tanto os trabalhadores como a qualidade da assistencia, colocando em risco os pacientes, com os erros medicos (Romani & Ashkar 2014).
O estresse ocupacional pode ser definido como um processo pelo qual vivencias e demandas psicologicas no local de trabalho produzem alteracoes a curto e longo prazo na saude fisica e mental do trabalhador (Ganster & Rosen, 2013). O trabalhado passa a sentir-se ameacado e pressionado por meio de eventos ambientais como: maior inseguranca no emprego, dificuldade nas relacoes interpessoais assedio moral, problemas emocionais, moral baixo diminuicao da motivacao e da lealdade. Todos esses fatores sao considerados estressores no ambiente de trabalho (Cooper, 2007).
Os trabalhadores, quando estressados, tendem a diminuir seu desempenho e aumentar os custos das organizacoes, em decorrencia dos possiveis problemas de saude, suscitando maior rotatividade e absenteismo, alem do proprio ceticismo, caracteristico do burnout. Sendo assim, o estresse ocupacional compromete, portanto, a saude do trabalhador, da organizacao e da sociedade (Paiva, Gomes, & Helal, 2015).
Outra questao e que os profissionais de saude apresentam elevadas taxas de estresse quando comparados com os profissionais de outros setores. Isso ocasiona elevado custo para o Servico Nacional de Saude (NHS), devido a reducao da produtividade. absenteismo, problemas de recrutamento, retencao e rotatividade do pessoal. Esses custos diretos anuais sao decorrentes de ausencia e giram em torno de 1,7[pounds sterling] bilhao. Em 2005, o Bristish Occupational Health Research Foundation (BOHRF) publicou que os problemas de saude mental na Gra-Bretanha chegaram a [pounds sterling] 12 bilhoes (Gibb, Cameron, Hamilton, Murphy, & Naji, 2010).
Diante disso, buscou-se mapear a producao cientifica atraves da bibliometria nos periodicos da administracao, preferencialmente, e, a posteriori, nos demais periodicos nacionais e internacionais sobre o tema gestao do estresse nos trabalhadores da saude, bem como descrever as causas, consequencias e medidas de prevencao que estao sendo adotadas.
O intuito da revisao bibliografica foi apresentar conhecimentos sobre a gestao do estresse com dados mais recentes para a comunidade cientifica e para os gestores, visto que os artigos atualizados tratam sobre o tema estresse ou sobre burnout de forma segmentada por categoria profissional, por esfera de atencao a saude ou por area especifica no contexto do trabalho.
Segundo Zanini, Pinto & Filippim (2012, p.137), "a utilizacao de analise bibliometrica esta se tornando cada vez mais necessaria como indicadora da producao cientifica de determinada area e se converte em estrategia valiosa para a geracao, sistematizacao e difusao do conhecimento".
Este artigo investigou a producao cientifica sobre a gestao do estresse nos trabalhadores da saude nos principais periodicos da area de administracao e de saude, exceto 2, no Google academico, no periodo de 2010 a 2014. Atentou-se, ainda, em descrever a relacao de causa/efeito, medidas de prevencao e as implicacoes gerenciais sobre o gerenciamento do estresse na saude.
PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
O estudo caracteriza-se como descritivo, concomitantemente, como uma pesquisa documental, utilizando-se da tecnica de analise bibliometrica, que se fundamenta em quantificar e analisar a producao cientifica sobre a tematica (Souza & Ribeiro, 2013).
A pesquisa como estrategia metodologica sera realizada utilizando tecnicas quantitativas. Segundo Goncalves & Meirelles (2004), as pesquisas quantitativas sao aquelas cujos dados sao representados por metricas quantitativas, tendo por elemento de apoio central a linguagem matematica como sua forma de expressao e tratamento.
Para os fins, a pesquisa e descritiva, pois busca descrever as caracteristicas, propriedades ou fatos de determinada populacao ou fenomenos; estabelecer relacoes entre variaveis ou analisar os fatos (Gil, 1999, p.43).
O uso dos dois metodos e corroborado por Minayo (1998, p.105-156) ao propor que "qualquer pesquisa social que pretenda um aprofundamento maior da realidade nao pode ficar restrita ao referencial apenas quantitativo". Dessa forma, busca-se suprir as deficiencias oriundas daqueles trabalhos cuja metodologia apresenta natureza unica.
Procedimentos de pesquisa sobre a gestao do estresse na saude
Foi realizada uma revisao bibliografica sobre o tema gestao do estresse nos trabalhadores da saude e/ou estresse, a partir do titulo e das palavras-chave, no periodo de 2010 a 2014, cujo objetivo foi levantar, nas literaturas mais recentes, se o tema continua a ser investigado, como e onde esta sendo investigado. Aplicou-se a estrategia de busca com palavras-chave e nao com os operadores booleanos, nas revistas da Associacao Nacional de Pos-Graduacao e Pesquisa em Administracao (ANPAD): Brazilian Administration Review (BAR) e Revista de Administracao Contemporanea (RAC). A producao dessas revistas foi avaliada a priori devido ao impacto financeiro que o estresse causa no desempenho individual e organizacional e a classificacao qualisA. A Revista de Administracao Contemporanea Eletronica (RACe) foi excluida por apresentar periodicos publicados somente de 2007 a 2009, fora do periodo do estudo, e a Revista de Tecnologia de Administracao e Contabilidade (TAC) nao publicou nenhum artigo sobre o tema. A busca foi complementada na Revista de Administracao de Empresas (RAE), em funcao da classificacao qualis A2. Entretanto, nos 71 artigos publicados nessa revista no periodo do estudo, nao foi encontrado o tema em estudo, foi excluido Forum, e no periodo do estudo nem todas as publicacoes foram quadrienais, com numero variavel de artigos publicados.
Foram investigados 340 artigos, sendo 63,2% (215) na RAC e 36,8% (125) na BAR (Figura 1). Foi encontrado somente 1 artigo na RAC, publicado em 2014, contendo estresse no titulo, e 2 artigos com estresse constando nas palavras-chave, sendo 1 de 2013 e outro de 2011.
Diante da baixa publicacao sobre o tema nas Revistas ANPAD, foram realizadas pesquisas nas bases de dados Pubmed/Medline, Ebsco, Biblioteca Virtual de Saude (BVS), Capes (2014), Spell na area saude e administracao. A base de dados Pubmed/Medline foi utilizada em 90% dos casos por ter reconhecimento mundial de publicacao na area da saude e ciencias da vida, com informacoes nao questionaveis (Rizzo, 2012). As outras bases de dados sao amplamente utilizadas na academia, por publicar temas sobre saude e administracao, alem do reconhecimento mundial. A escolha dos artigos atendeu a criterio Capes 2014 com relacao a qualidade da publicacao.
Foi aplicado um corte transversal para busca de artigos sobre gestao do estresse na saude, compreendendo o periodo de 2010 a 2014. A coleta documental e qualitativa corresponde ao periodo de 10 de janeiro a 31 de marco de 2015.
Foram levantadas as publicacoes cientificas utilizando os descritores para busca: gestao de estresse na saude, estresse na saude, stress management on health, stress on health, estres, manejo del estres en la salud. Os criterios de inclusao de artigos foram: ter sido encontrado pelos descritores; publicado no periodo delimitado de janeiro de 2010 a dezembro de 2014; estar publicado nos idiomas portugues, ingles, espanhol com disponibilidade de texto completo em PDF e constar no titulo ou palavras-chave: estresse ou stress.
Foi utilizado o software Microsoft Excel (MS Excel-2007) para o calculo das frequencias e tabulacao dos dados.
Fundamentacao da analise bibliometrica
A bibliometria possui tres leis basicas: Lei de Bradford (produtividade de periodicos), Lei de Lotka (produtividade de autores) e Lei de Zipf (frequencia de ocorrencia de palavras) (Souza & Ribeiro, 2013).
O surgimento da bibliometria deu-se no inicio do seculo XX, objetivando estudar e avaliar as atividades de producao e comunicacao cientifica. Entende-se por bibliometria a "tecnica quantitativa e estatistica de medicao dos indices de producao e disseminacao do conhecimento cientifico" (Araujo, 2006, p.12).
A lei de Bradford emprega a mensuracao de produtividade para delimitar o nucleo e as areas de dispersao de determinado assunto em um mesmo conjunto de publicacoes. Assim, ao organizar um conjunto de periodicos em ordem decrescente de produtividade referentes a determinado assunto, estes serao identificados em 3 zonas que comportam cada uma 1/3 dos artigos relevantes, por isso, 1/3 dos artigos sao o "core" do assunto e os demais sao extensoes (Araujo, 2006, p.12).
A lei de Lotka busca aferir a produtividade dos autores a partir de um modelo de distribuicao de tamanho-frequencia em um conjunto de documentos. Segundo essa lei, um numero pequeno de autores e responsavel por grande parte da producao cientifica e, dessa forma, os autores oferecem discretas contribuicoes a teoria. A lei representada pela equacao 1 apresenta a formula utilizada para calcular o referido indice (Mendonca Neto et al., 2009).
Equacao 1:
[a.sub.n] = [a.sub.1] x 1/[n.sup.c]
Onde:
an corresponde ao numero de autores com n artigos;
a1 corresponde ao numero de autores que publicaram apenas um artigo; e
n corresponde ao numero de artigos
c corresponde ao coeficiente de Lotka ([approximately equal to]2)
A lei de Lotka nao se ajusta adequadamente aos dados de produtividade em todos os estudos e para verificar a qualidade do ajuste dos dados de produtividade aplica-se o teste de KolmogorovSmirnov (Pao, 1985 apud Maia, Ziviani, Maia, & Ferreira, 2014).
Segundo Araujo (2006, p.17), o principio da lei de Zipf parte do menor esforco, devido a uma economia do uso de palavras, e, se a tendencia e usar o minimo, significa que elas nao vao se dispersar, pelo contrario, a mesma palavra vai ser usada muitas vezes; as palavras mais usadas indicam o assunto do documento. A lei e representada pela equacao 2, onde o r refere-se a posicao da palavra, o f a frequencia e o k e uma constante (aproximadamente 26.500).
Equacao 2:r.f - k
No estudo foi aplicada a tecnica da bibliometria, conforme a Lei de Bradford e lei de Lotka.
RESULTADOS E DISCUSSAO
Os 30 artigos analisados em 28 periodicos na pesquisa estao destacados na Tabela 1, distribuidos por ano e revista e apresentam 132 autores no total. Verifica-se um crescimento do numero de artigos a partir de 2010, destacando-se um aumento de publicacoes em 2011, 2012. Esse periodo de 2 anos foi responsavel por 50% (15 artigos) da producao analisada, o que demonstra uma intensa producao sobre o tema estresse na saude. As principais revistas que mais publicaram foram da enfermagem: Journal of Nursing Management (Fator de impacto 1.142) e Journal of Clinical Nursing (Fator de impacto 1.233), sugerindo que sao revistas conceituadas da area.
Dos 28 periodicos pesquisados, contendo os 30 artigos selecionados, 2 revistas tiveram o mesmo numero de publicacao, em numero de 2. Ja as outras 26 revistas apresentaram somente uma publicacao no periodo do estudo. Devido a baixa producao, nao foi possivel criar as 3 zonas, conforme a serie geometrica pela lei Bradford e a lei de Lokta.
A Tabela 2 exibe o numero de autores por artigo, bem como a media de autores por artigo ao longo do tempo.
Ha predominancia de 4 ou mais autores por artigo publicado e, dos 30 artigos, apenas 2 (6,6%) foram produzidos por autoria unica. A media de autores por artigo foi de 0,98 (SD=0,28), mas se pode observar que a media do numero de autores aumentou de 2011 a 2014 e passou a ser de 1,11 (SD=0,11) por artigo. Em 2011, houve maior producao cientifica, seguido de 2012.
A Tabela 3 apresenta a relacao de publicacoes por pais e a relacao dos autores selecionados para este estudo, conforme a base de dados utilizada. O Brasil produziu 30% (9) dos artigos, seguido da Australia 10% (3) e Italia 10% (3). Isso demonstra que a producao cientifica no Brasil sobre esse tema esta crescendo substancialmente em comparacao com outros paises nesse estudo.
Em relacao a classificacao dos estudos em empiricos ou teoricos houve a predominancia dos primeiros, justificando-se por se tratar de pesquisas sobre investigacao de estresse, que se baseiam em questionarios padronizados, portanto de carater empirico. Essa predominancia foi maior em 2011 e 2012, mantendo a media de 5 artigos empiricos, com tendencia linear de queda de producao e aumento de artigos teoricos.
As abordagens usualmente aplicadas pelos pesquisadores nas pesquisas apresentadas nos artigos empiricos (25 no total) foram: qualitativa (8%), quantitativa (80%) e qualitativa-quantitativa (12%). Nota-se que o predominio dos estudos foi de abordagem quantitativa, devido a necessidade da aplicacao das metricas para identificar e quantificar o estresse. Ressalta-se um aumento no numero de pesquisas que utilizam abordagem quali-quanti. Uma explicacao para isso, segundo Minayo (1998, p.105156), e o fato de que uma preenche a deficiencia da outra, favorecendo um melhor conhecimento da realidade.
Quanto aos metodos utilizados nas pesquisas analisadas, predominaram as pesquisas empiricas cujo metodo foi entrevista (17,24%), pesquisa de campo (3,45%) e questionarios (79,31%). Constata-se que a media de numero de metodos por estudo foi de 9,66, devido a elevada concentracao de questionario.
A pesquisa documental e base dos artigos teoricos, embora seja muito utilizada, tambem, nos artigos empiricos tanto com abordagem qualitativa quanto quantitativa, entretanto nao foi informada nos metodos.
Em relacao aos metodos predominantes, foram detectados entrevistas e questionarios. O primeiro normalmente e utilizado com o carater qualitativo, por meio da tecnica de grupo focal, observacao nao participante e observacao participante; e o segundo atraves do survey, caracterizando a pesquisa como iminentemente quantitativa (Avelar, Vieira, & Santos, 2011).
Os profissionais mais relacionados nos estudos empiricos em ordem decrescente foram: 44% (11) profissionais de enfermagem e parteiras, 16% (4) medicos, 16% (4) trabalhadores de hospitais, psicologos, fisioterapeutas, trabalhadores humanitarios, trabalhadores de cuidados paliativos, residentes multiprofissionais, trabalhadores da estrategia da familia. Excetuando os profissionais medicos e profissionais de enfermagem e parteiras, os demais profissionais apareceram somente em 1 artigo por categoria.
As teorias mais utilizadas para explicar o estresse ocupacional sao: a Teoria do controledemandas do trabalho, Teoria Demanda-Controle e Teoria da Carga Alostatica. A Teoria do controledemandas do trabalho de Karasek (1979) e muito utilizada nas pesquisas sobre o estresse ocupacional, relacionando o estresse como decorrente das exigencias das tarefas no trabalho como: conflito funcao, carga de trabalho e pressao de tempo. O controle refere-se a autoridade do trabalhador na tomada de decisoes e as diversas habilidades utilizadas. A Teoria DemandaControle infere a acao do trabalho no bem-estar fisico e mental, sendo uma funcao desses dois fatores, muito aplicada nas pesquisas empiricas sobre gerenciamento e psicologia. A Teoria da Carga Alostatica refere-se ao trabalho de Selye (1955) (Ganster & Rosen, 2013).
O termo estresse foi usado em 1926 e definido em 1936 como uma Sindrome Geral de Adaptacao que considera as reacoes do corpo diante dos agentes externos, por Hans Selfe (1998), na visao conceptiva biologica. O estresse apresenta tres abordagens: a biologica (fisiologia do estresse), a psicologica (busca compreender como a percepcao e o comportamento do individuo sao manifestados no processo de formacao do estresse) e a sociologica (compreensao dos diversos fatores sociais que favorecem o desenvolvimento psiquico dos individuos no contexto cultural) (Kilimnik, Bicalho, Oliveira, & Mucci, 2012).
O merito cientifico desencadeou interesse economico pela industria farmaceutica com a producao de diversos medicamentos para combater o estresse, bem como nas companhias de seguro norte-americanas, devido a associacao dessa doenca a um elevado indice de absenteismo e de licencas medicas nas organizacoes (Filgueira & Hippert, 1999).
No Quadro 1 apresentam-se alguns conceitos de estresse adaptados por Sant'Anna e Kilimnik (2011).
O estresse apresenta duas tipologias, segundo Selye (1974) apud Pereira e Zille (2010): distresse e eustresse, pois depende da forma de manifestacao. O Distresse e tambem chamado o estresse da derrota, por representar o lado negativo; e o eustresse e considerado o estresse positivo, por estimular o individuo a superacao e ao prazer.
Cooper, Sloan & Williams (1988) reforcam que os agentes estressores estao presentes em qualquer ambiente de labor, no entanto, o aparecimento do estresse depende dos tipos de agentes e a intensidade com que se manifestam, e esta relacionado ao contexto organizacional e a personalidade de cada individuo. Essa abordagem sobre o estresse tambem considera que, embora os individuos estejam sujeitos aos agentes estressores, e possivel combater esses agentes por meio do autoconhecimento e da consequente mudanca de comportamento e estilo de vida.
Esses autores criaram um modelo teorico de referencia para o estudo do estresse ocupacional, denominado Modelo dinamico do estresse ocupacional. Foi considerado que todas as ocupacoes profissionais possuem agentes estressores, que podem ser classificados de acordo com as seguintes categorias: fatores intrinsecos ao trabalho - aspectos que caracterizam a natureza e o conteudo da tarefa; papel gerencial - supervisao e controle do trabalho; interrelacionamento - nivel de apoio e disponibilidade das pessoas para conviverem entre si, dentro e fora do trabalho; desenvolvimentos na carreira/realizacao oportunidades que a organizacao oferece visando compensar, promover e valorizar o desempenho profissional; clima e estrutura organizacional - politicas e valores disseminados pela organizacao, a fim de propiciar um ambiente de trabalho saudavel; e interface casa/trabalho - aspectos particulares da conciliacao entre vida profissional e familiar do individuo (Cooper, Sloan & Williams, 1988) (Figura 2).
A Figura 2 apresenta o modelo dinamico do estresse ocupacional, que facilita a identificacao dos fatores de pressao e das estrategias de combate ao estresse adotado pelos individuos. Reflete ainda que os fatores estressores estao no ambiente laboral e que os trabalhadores estao sujeitos aos sintomas do estresse sejam estes individuais, provocando doencas que comprometem o desempenho individual e, consequentemente, se refletem no desempenho organizacional com qualidade deficiente, aumento do absenteismo e turnover acentuado.
Cooper, Cooper e Eaker (1988), diante do modelo da Figura 2, criaram um questionario Occupation Stress Indicator (OSI) que foi validado no Brasil por Moraes, Kilimnik & Ladeira (1994) para pesquisa sobre estresse ocupacional, muito amplo e formado por seis escalas basicas, subescalas e itens de resposta. Em 1994, Moraes & Kilimnik separaram as seis grandes escalas em tres grupos de variaveis: fontes de pressao no trabalho; diferencas individuais; e manifestacoes do estresse, criando, dessa forma, uma versao reduzida do questionario, conforme Quadro 2.
No Quadro 2, os autores detalharam as fontes de estresse e os sintomas do estresse pessoal em relacao as diferencas individuais de personalidade e suas manifestacoes, conforme Figura 2. Ressalta-se que o comportamento tipo A refere-se a um tipo de personalidade identificado como: pessoas impacientes, apressadas, competitivas, ansiosas, perfeccionistas, que levam a vida em ritmo acelerado e se sentem culpadas quando descansam ou relaxam, sendo mais susceptiveis ao estresse. Ja o tipo B pode ser identificado como pessoas que nao sentem necessidade de impressionar terceiros, que sao capazes de trabalhar sem agitacao, relaxam sem sentimento de culpa e nao padecem de impaciencia ou do senso de urgencia, portanto, menos propensas ao estresse (Friedman & Rosenman, 1974).
Segundo Murta & Troccoli (2004, p.39), "as doencas ocupacionais tem tido alta incidencia e levado a diminuicao de produtividade, ao aumento de indenizacoes e demandas judiciais contra os empregadores". Os transtornos mentais e de comportamento sao decorrentes das dificuldades de enfrentamento ou elaboracao dos problemas vivenciados pelo ser humano (Olivier, Perez, & Behr, 2011).
De acordo com Laplanche & Pontalis (2004), a expressao enfrentamento e utilizada para designar o esforco que a pessoa faz para vencer as dificuldades que percebe em relacao ao meio no qual se insere. Quando o resultado do esforco despendido e em vao, de modo geral, ha uma acumulacao de excitacoes mentais que podem ter como consequencia o aparecimento de sintomas de transtornos mentais.
Outro artificio para enfrentamento do estresse que o trabalhador desenvolve para conseguir executar suas atividades e encarar o estresse, segundo Antoniazzi, Dell'Aglio & Bandeira (2000), e o coping, que pode ser descrito como um conjunto das estrategias utilizadas pelas pessoas para adaptarem-se a circunstancias adversas ou estressantes. O coping pode estar focalizado no problema ou na emocao. O coping pode ser explicado pela Teoria Cognitiva Social ou da Dissonancia Cognitiva ou Reforco (Festinger, 1954). Parte da premissa de que o individuo, mediante sua autoavaliacao, configura seu autoconceito tendo como referencia sua autoapreciacao e se compara com os outros. Ramos, Enumo & Paula (2015) sugerem a Teoria Motivational do coping como a regulacao. As acoes regulatorias seguem padroes estabelecidos de comportamento, emocao, atencao e motivacao. Esses autores classificam as estrategias de enfrentamento em 12 categorias. Compoem o grupo das categorias positivas: autoconfianca, busca de suporte, resolucao de problemas, busca de informacoes, acomodacao e negociacao. Ja o grupo das negativas e composto por: delegacao, isolamento, desamparo, fuga, submissao e oposicao. Isso facilita identificar o enfrentamento relacionado a idade.
O estresse ocupacional provoca prejuizos nas organizacoes devido a grandes perdas humanas (absenteismo, rotatividade) e economicas. Portanto, os gestores necessitam buscar estrategias de intervencao, seja com o foco na organizacao ou no trabalhador. As intervencoes na organizacao devem enfatizar a modificacao dos estressores do ambiente de labor, podendo envolver mudancas na estrutura, nas condicoes de trabalho, treinamentos e maior participacao e autonomia; enquanto aquelas com o foco no individuo podem se direcionar a reduzir o impacto de riscos existentes, atraves do desenvolvimento de estrategias de enfrentamento individuais (Kilimnik et al., 2012).
Portanto, o estresse e muito estudado nas organizacoes por causa do impacto economico, e ainda nao ha uma legislacao que estabeleca aplicacao anual de alguma medida para que os trabalhadores nos exames periodicos possam ser avaliados pela equipe treinada, evitando o adoecimento do trabalhador (Potocka, 2012).
Os contextos da saude publica e privada representam um grande desafio mundial devido aos escassos recursos frente a uma demanda crescente, influenciada por diversos fatores, tais como: o aumento da expectativa de vida, o aparecimento de doencas cronicas degenerativas, o aumento da violencia, dentre outras. As divergencias entre os paises e regioes em relacao a saude e condicoes de vida podem ser avaliadas pelo acesso ao sistema de saude, qualidade do atendimento ou efetividade das acoes nos sistemas de saude, atraves da cooperacao internacional (Santana, 2011).
Os trabalhadores da saude sao aqueles que exercem atividades em uma das esferas do sistema de saude, seja na atencao primaria, secundaria e terciaria, no ambito publico, filantropico ou privado, estando sujeitos as adversidades do labor. O trabalho dos profissionais de saude e sempre fisica e emocionalmente exigente. Muitas vezes requer tomada de decisao sobre a vida e a morte em um espaco muito curto de tempo e com recursos limitados. Os profissionais sao confrontados com desafios diarios que os abalam emocionalmente (Boldor, Bar-Dayan, Rosenbloom, & Shemer, 2012). Alem disso, o desempenho dos profissionais de saude afeta diretamente o desempenho geral dos sistemas de saude (Ndiaye, Seye, Diedhiou, Deme, & Tal-Dia, 2007). Por outro lado, a escassez de profissionais ja atingiu niveis criticos em muitos locais com poucos recursos. Estrategias que visam a melhoria do desempenho dos profissionais sao essenciais para enfrentar a falta de mao de obra existente (Dieleman & Harnmeijer, 2006). A saude desses profissionais pode vir a influenciar em sua qualidade de vida e, consequentemente, na qualidade do servico prestado ao usuario dos servicos de saude (Santana, Miranda & Karino, 2013).
Nesse cenario justifica-se descrever a relacao de causa/efeito, medidas de prevencao e as implicacoes gerenciais sobre o gerenciamento do estresse na saude e como a administracao, por meio da producao academica, tem priorizado o tema devido aos elevados custos para os servicos de saude mundial.
Ressalta-se que a Vigilancia de Atencao do Trabalhador e um condutor na organizacao, tendo a premissa de: conhecer a realidade dos trabalhadores e intervir nos fatores determinantes de agravos a saude, avaliando o impacto das medidas adotadas; subsidiar a tomada de decisoes dos orgaos competentes do governo federal, estadual e municipal e estabelecer sistemas de informacao em saude (Lacaz, 2013).
IMPLICACOES DO ESTRESSE NA SAUDE
A relacao de causa/efeito do estresse na saude dos trabalhadores nos sistemas de saude, seja publico, filantropico ou privado, em nivel de Brasil ou internacionalmente, tem ocasionado prejuizos bilaterais. Descrevemos a seguir as causas e efeitos do estresse conforme os autores dos estudos selecionados, bem como as medidas de prevencao (Quadro 3).
As principais causas de estresse nos trabalhadores da saude, encontradas nos estudos, foram sobrecarga de trabalho, falta de recursos humanos, condicoes laborais nao adequadas, falta de apoio, relacionamento interpessoal, conflito trabalho-familia, falta de supervisao, natureza do trabalho, trabalho em turno, violencia, desrespeito, responsabilidade excessiva. As questoes levantadas sao decorrentes de falta de politicas de recursos humanos, politicas preventivas e protetivas, de qualidade e implementacao de justica organizacional nas organizacoes e apoio social (Andrade et al, 2011, Albini et al., 2011, Magnavita & Heponiemi, 2012).
Os principais efeitos dos fatores relacionados ao trabalho foram: estresse, burnout, queixas psicossomaticas, comprometimento no trabalho podendo levar a erros medicos e intencao de mudanca e absenteismo (Gibb et al., 2010, Farias et al., 2011, Albini et al., 2011, Gregov et al., 2011, Romani & Ashkar, 2014).
Segundo Dalmolin, Lunardi, Lunardi, Barlem, & Silveira (2014), o burnout e caracterizado pela exaustao emocional, despersonalizacao e reducao da realizacao profissional, seguranca no trabalho, obesidade e comportamentos de dependencia (fumo e alcool). A prevalencia de burnout e um risco elevado para o desenvolvimento de atividades na saude devido a baixa satisfacao profissional, elevado risco de erros medicos, uso de medicamentos e substancias psicoativas (Gibb et al., 2010, Albini et al., 2011, Dorrian et al., 2011, Gregov et al., 2011, Romani & Ashkar, 2014, Magalhaes, Oliveira, Goveia, Ladeira, Queiroz, & Vieira, 2015).
As medidas de prevencao que podem ser implementadas como forma de amenizar e prevenir o adoecimento do trabalhador, reduzir o absenteismo e a intencao de mudanca seriam uma politica efetiva de recursos humanos de carater preventivo e protetivo, justica penal e organizacional, mudancas organizacionais e politicas de valorizacao dos trabalhadores, os trabalhadores continuarem usando estrategias de coping e outras de enfrentamento para manutencao no mercado de trabalho (Ulhoa et al., 2011, Almeida, 2012).
As implicacoes gerenciais partem do pressuposto da necessidade de reconhecimento de que o ambiente de trabalho pode comprometer a saude do trabalhador, da organizacao em termos de qualidade, seguranca e financeira. A partir dai, e necessario implantar politicas de valorizacao do trabalhador, criar condicoes de trabalho salubres, reduzir horas de trabalho em turno, proporcionar a reposicao do quadro funcional, fornecer apoio social, promover integracao entre os trabalhadores, justica organizacional e penal, respeito e educacao.
6 CONSIDERACOES FINAIS
O artigo analisou a producao cientifica sobre a gestao do estresse nos trabalhadores da saude nos principais periodicos da area de administracao e saude, sendo somente 2 artigos do Google academico (Revista Semente e UNIBEU). Foram analisados 30 artigos escritos no periodo de 2010 a 2014. Um dos objetivos do estudo foi fornecer um mapeamento sobre autorias, abordagens metodologicas, principais periodicos, os principais metodos e, por fim, mapear a relacao de causa/efeito, medidas de prevencao e as implicacoes gerenciais sobre o gerenciamento do estresse na saude.
Indaga-se por que nos periodicos da administracao, como da ANPAD, nao ha publicacao de artigos sobre o tema estresse, e tampouco na esfera da saude, uma vez que o impacto e elevado para a saude organizacional.
Percebeu-se que os autores nao estao em redes, pois nao se detectou autores em coautoria em outro artigo.
As principais causas, consequencias e implicacoes foram citadas no Quadro 3.
As implicacoes gerenciais partem do pressuposto da necessidade de reconhecimento de que o ambiente de trabalho pode comprometer a saude do trabalhador, da organizacao em termos de qualidade, seguranca e financeira. A partir dai, e necessario implantar politicas de valorizacao do trabalhador, criacao de condicoes de trabalho salubres, reduzir horas de trabalho em turno, proporcionar a reposicao do quadro funcional, fornecer apoio social, promover integracao entre os trabalhadores, justica organizacional e penal, respeito e educacao.
As limitacoes do estudo podem ser delineadas, inicialmente, pelo periodo estudado, que se restringiu a publicacoes dos ultimos 5 anos, e pelas revistas selecionadas, devido a dificuldade de acesso a determinadas base de dados. Alem disso, outro fator limitador pode ter sido, tambem, a dificuldade na obtencao do artigo em formato PDF de livre acesso, levando ao alcance de baixo numero de artigos. Isso impossibilita generalizacoes das conclusoes obtidas.
Por fim, acredita-se que a pesquisa desenvolvida pode ter contribuido com os estudos sobre gestao do estresse na saude, uma vez que demonstra que os gestores dos sistemas de saude devem atentar para as causas e as formas de prevencao do estresse, para que o trabalhador e a sociedade possam equilibrar essa dicotomia, a fim de termos um servico de saude com qualidade.
AGRADECIMENTOS: FAPEMIG
E-ISSN: 2316-3712
DOI: 10.5585/rgss.v5i2.233
Data de recebimento: 02/12/2015
Data de Aceite: 25/04/2016
Organizacao: Comite Cientifico Interinstitucional
Editora Cientifica: Marcia Cristina Zago Novaretti
Editora Adjunta: Lara Jansiski Motta
Avaliacao: Double Blind Review pelo SEER/OJS
Revisao: Gramatical, normativa e de formatacao
REFERENCIAS
Ager, A.; Pasha, E.; Yu, G.; Duke, T.; Eriksson, C. & Cardozo, B. L. (2012). Stress, Mental Health, and Burnout in National Humanitarian Aid Workers in Gulu, Northern Uganda. Journal of Traumatic Stress, 25(6), 713-20.
Albini, E.; Zoni, S.; Parrinello, G.; Benedetti, L. & Lucchini, R.(2011). An integrated model for the assessment of stress related risk factors in health care professional. Industrial Health, 49(1), 15-23.
Almeida, M. H. R. G. (2012). Stress, burnout and coping: um estudo realizado com psicologos algarvios. Revista Administracao FACES Journal, 11(2), 131-155.
Andrade, A. N. M.; Albuquerque, M. A. C. & Andrade, A. N. M. (2011). Avaliacao do Nivel de estresse do anestesiologista da Cooperativa de Anestesiologia de Sergipe. Revista Brasileira Anestesiologia, 61(4), 490-494.
Antoniazzi, A. S.; Dell'Aglio, D. D. & Bandeira, D. R. (2000). O conceito de coping: uma revisao teorica. Estudos de Psicologia, 5(1), 287-312.
Araujo, C. A. (2006). Bibliometria: evolucao historia e questoes atuais. Em Questao, 12(1), 11-32.
Avelar, E. A.; Vieira, E. A. & Santos, T. S. (2011). Gestao do conhecimento: uma analise das pesquisas brasileiras desenvolvidas na primeira decada do seculo XXI. Perspectivas em Gestao & Conhecimento, 1(2), 150-165.
Barcaui, A. & Limongi-Franca, A. C. (2014). Estresse, enfrentamento e qualidade de vida: um estudo sobre gerentes brasileiros. Revista Administracao Contemporanea, 18(5), 670-694.
Boldor, N.; Bar-Dayan, Y.; Rosenbloom, T. & Shemer, J. (2012). Optimism of health care workers during a disaster: a review of the literature. Emerging Health ThreatsJournal, 5, 7270.
Cooper, C. L. (2007). A natureza mutante do trabalho: o novo contrato psicologico e os estressores associados. In: Rossi, A. M.; Perrewe, P. L.; Sauter, S. L. (Orgs.), Qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saude ocupacional (pp. 3-8). Sao Paulo: Atlas.
Cooper, C. L.; Sloan, S. J. & Williams, J. (1988). Occupational stress indicator management guide. Windsor: NFER-Nelson.
Cooper, C. L.; Cooper, R. D.; Eaker, L. H. (1988). Living with stress. London: Penguin Books.
Dalmolin, G. L.; Lunardi, V. L.; Lunardi, G. L.; Barlem, E. L. D. & Silveira, R. S. (2014). Sofrimento moral e sindrome de Burnout: existem relacoes entre esses fenomenos nos trabalhadores de enfermagem? Revista Latino-Americana Enfermagem, 22(1), 1-8.
Dieleman, M. & Harnmeijer, J. W. (2006). Improving health worker performance: in search of promising practices. Geneva: World Health Organization.
Ding, Y.; Qu, J.; Yu, X. & Wang, S. (2014). The mediating effects of burnout on the relationship between anxiety symptoms and occupational stress among community healthcare workers in China: a cross-sectional study. PLos One, 9(9), e107130.
Dorrian, J.; Paterson, J.; Dawson, D.; Pincombe, J.; Grech, C. & Rogers, A. F. (2011). O sono, estresse e comportamentos compensatorios em enfermeiras e parteiras australianas. Revista Saude Publica, 45(5), 922-930.
Farias, S. M. C.; Teixeira, O. L. C.; Moreira, W.; Oliveira, M. A. F. & Pereira, M. O. (2011). Caracterizacao dos sintomas fisicos de estresse na equipe de cuidados de saude de emergencia. Revista Escola Enfermagem USP, 45(3), 722-729.
Festinger, L. (1954). A theory of social comparison processes. Human Relations, 7, 117-140.
Fiabane, E.; Giorgi. I.; Sguazzin, C. & Argentero, P. (2013). Work engagement and occupational stress in nurses and other health care workers: the role of organisational and personal factors. Journal of Clinical Nursing, 22, 2614-2624.
Filgueiras, J. C. & Hippert, M. I. S. (1999). A polemica em torno do conceito de estresse. Psicologia Ciencia e Profissao, 19(3), 40-51.
Foureur, M.; Besley, K.; Burton, G.; Yu, N. & Crisp, J. (2013). Enhancing the resilience of nurses and midwives: Pilot of a mindfulness- based program for increased health, sense of coherence and decreased depression, anxiety and stress. Contemporary Nurse, 45(1), 114-125.
Friedman, M. D. & Rosenman, R. H. (1974). Type A behavior and your heart. New York: Knopf.
Ganster, D. C. & Rosen, C. C. (2013). Work stress and employee health: a multi-disciplinary review. Journal of Management, 39(5), 1085-1122.
Gibb, J.; Cameron, I. M.; Hamilton, R.; Murphy, E. & Naji, S. (2010). Mental health nurses' and allied health professionals' perceptions of the role of the Occupational Health Service in the management of work-related stress: how do they self-care? Journal of Psychiatric and Mental Health Nursing, 17(9), 838-845.
Gil, A. C. (1999). Metodos e Tecnicas de Pesquisa Social (pp.43-49). Sao Paulo: Atlas.
Goncalves, C. A. & Meirelles, A. M. (2004). Projetos e Relatorios de Pesquisa em Administracao. Sao Paulo: Editora Atlas.
Gregov, L.; Kovacevic, A. & Sliskovic, A. (2011). Stress among Croatian physicians: comparison between physicians working in emergency medical service and health centers: pilot study. Croat Medical Journal, 52(1), 8-15.
Guido, L. A.; Goulart, C. T.; Silva, R. M.; Lopes, L. F. D. & Ferreira, E. M. (2012). Estresse e Burnout entre residentes multiprofissionais. Revista LatinoAmericana Enfermagem, 20(6), 1064-1071.
Happell, B.; Dwyert, T.; Reid-Searl, K; Burke, K. J.; Caperchione, C. M. & Gaskin, C. J. (2013). Nurses and stress: recognizing causes and seeking solutions. Journal Nursing Management, 21(4), 638-47.
Hu, Y. H.; Wang, D. & Xug, X. U. P. (2014). The relationship between work stress and mental health in medical workers in East China. Social behavior and personality, 42(2), 237-244.
Karasek Jr., R. A. (1979). Administration Science Quartely, 24(2), 285-308.
Kilimnik, Z. M.; Bicalho, R. F. S.; Oliveira, L. C. V. & Mucci, C. B. M. R. (2012). Analise do estresse, fatores de pressao do trabalho e comprometimento com a carreira: um estudo com medicos de uma unidade de pronto atendimento de Belo Horizonte, Minas Gerais. Revista Gestao e Planejamento Unifacs, 12(3), 668693.
Lacaz, F. A. C. (2013). Vigilancia em saude do trabalhador como elemento constitutivo da saude do trabalhador no Sistema Unico de Saude (SUS): aspectos historicos e conceituais. In: Correa, M. J. M., Vigilancia em saude do trabalhador no Sistema Unico de Saude. Teorias e Praticas (pp. 35-60). Belo Horizonte: Coopmed.
Laplanche, J. & Pontalis, J. B. (2004). Vocabulario da psicanalise. Sao Paulo: Martins Fontes.
Laranjeira, C. A. (2011). The effects of perceived stress and ways of coping in a sample of Portuguese health workers. Journal of Clinical Nursing, 21, 1755-1762.
Lavoie-Tremblay, M.; Trepanier, S. G.; Fernet, C. & Bonneville-Roussy, A. (2014). Testing and extending the triple match principle in the nursing profession: a generational perspective on job demands, job resources and strain at work. Journal of Advanced Nursing, 70(2), 310-322.
Magalhaes, E.; Oliveira, A. C. M. S.; Goveia, C. S.; Ladeira, L. C. A.; Queiroz, D. M. & Vieira, C. V. (2015). Prevalencia del sindrome de burnout entre los anestesistas del Distrito Federal. Brazilian Journal of Anesthesiology, 65(2), 104-110.
Magnavita, N. & Heponiemi, T. (2012). Violence towards health care workers in a Public Health Care Facility in Italy: a repeated cross-sectional study. BMC Health Services Research, 12(108), 1-9.
Maia, P. L. O.; Ziviani, F.; Maia, L. C. G. & Ferreira, M. A. T. (2014). Gestao da Inovacao: analise bibliometrica e sociometrica das principais publicacoes cientificas no periodo de 2000 a 2013. In: XXVIn Simposio de Gestao da Inovacao Tecnologica. Belo Horizonte/MG. Anais 2014.
Mendonca Neto, O. R.; Riccio, E. L.; Sakata, M. C. G. (2009). Dez anos de pesquisa contabil no Brasil: analise dos trabalhos apresentados nos Enanpads de 1996 a 2005. Revista de Administracao de Empresa RAE, 49(1), 62-73.
Metzker, C. A. B.; Moraes, L. F. R. & Pereira, L. Z. P. (2012). O fisioterapeuta e o estresse no trabalho: estudo em um hospital filantropico de Belo Horizonte MG. Revista Gestao & Tecnologia, 12(3), 174-196.
Minayo, M. C. S. (1998). O conceito de metodologia de pesquisa. In: Minayo, M. C. S. et al., Pesquisa social: teoria, metodo e criatividade (p.16). Petropolis: Vozes.
Moraes, L. F. R. & Kilimnik, Z. M. (1994). Comprometimento organizacional, qualidade de vida e stress no trabalho: uma abordagem de diagnostico comparativo. Relatorio de Pesquisa. Belo Horizonte: UFMG.
Moraes, L. F. R.; Kilimnik, Z. M. & Ladeira, M. B. (1994). O stress: as abordagens do fenomeno dentro e fora das organizacoes. Belo Horizonte: FACE-UFMG.
Murta, S. G. & Troccoli, B. T. (2004). Avaliacao de intervencao em estresse ocupacional. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(1), 39-47.
Ndiaye, P.; Seye, A. C.; Diedhiou, A.; Deme, B. S. D. & Tal-Dia, A. (2007). Perception de la motivation chez les medecins Du secteur public de La region de Dakar (Senegal). Service de Medecine Preventive Et Sante Publique, 17(4), 223-228.
Olivier, M.; Perez, C. S. & Behr, S. C. F. (2011). Trabalhadores afastados por transtornos mentais e de comportamento: o retorno ao ambiente de trabalho e suas consequencias na vida laboral e pessoal de alguns bancarios. Revista Administrativa Contemporanea, 15(6), 993-1015.
Oore, D. G.; Leblanc, D.; Day, A.; Leiter, M. P.; Spence Laschinger, H. K. & Price, S. L. et al. (2010). When respect deteriorates: incivility as a moderator of the stressor-strain relationship among hospital workers. Journal of Nursing Management, 18(8), 878-888.
Paiva, K. C. M.; Gomes, M. A. N. & Helal, D. H. (2015). Estresse ocupacional e sindrome de burnout: proposicao de um modelo integrativo e perspectivas de pesquisa junto a docentes do ensino superior. Gestao & Planejamento, 16(3), 285-309.
Paula, G. S.; Reis, J. F.; Dias, L. C.; Dutra, V. F. D.; Braga, A. L. S. & Cortez, E. A. (2010). O sofrimento psiquico do profissional de enfermagem da unidade hospitalar. Aquichan, 10(3), 267-279.
Pereira, L. Z. & Zille, G. P. (2010). O estresse no trabalho: uma analise teorica de seus conceitos e suas inter-relacoes. Revista Gestao e Sociedade CEPEAD/UFMG, 4(7), 414-434.
Potocka, A. (2012). Questionnaires for assessment of work-related psychosocial hazards-a review of diagnostic tools. Medycyna Pracy, 63(2), 237-50.
Ramos, F. P.; Enumo, S. R. F. & Paula, K. M. P. (2015). Teoria Motivational do Coping: uma proposta desenvolvimentista de analise do enfrentamento do estresse. Estudos de Psicologia (Campinas), 32(2), 269-279.
Rizzo, L. V. (2012). Einstein na PubMed. Einstein (Sao Paulo), 10(3), vii.
Romani, M. & Ashkar, K. (2014). Burnout among physicians. Libyan Journal of Medicine, 9, 23554.
Rossler, W. (2012). Stress, burnout, and job dissatisfaction in mental health workers. European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience, 262(2), 65-69.
Santana, L. L.; Miranda, F. M. & Karino, M. E. (2013). Description of workloads and fadigue experienced among health workers in a teaching hospital. Revista Gaucha Enfermagem, 34(1), 64-70.
Sant'Anna, S. A. & Kilimnik, M. Z. (2011). Relacoes entre qualidade de vida no trabalho e estresse ocupacional: perspectivas teoricas. In: Qualidade de vida no trabalho: abordagens e fundamentos (pp.177-199). Rio de Janeiro: Elsevier.
Santana, J. P. (2011). Um olhar sobre a cooperacao Sul-Sul em saude. Revista Ciencia e Saude Coletiva, 16(6), 2993-3002.
Selye, H. (1974). Stress without distress. Filadelfia: Lippincott.
Soares, I. N. L.; Souza, L. C. G.; Castro, A. F. L. & Alves, C. F. O. (2011). Analise do estresse ocupacional e da sindrome de burnout em profissionais de estrategia saude da familia no municipio de Maceio/Al. Revista Semente, 6(6), 84-98.
Souza, M. T. S. & Ribeiro, H. C. M. (2013). Environmental sustainability: a meta-analysis of production in Brazilian management journals. Revista de Administracao Contemporanea, 17(3), 368-396.
Stewart, W. & Terry, L. (2014). Reducing burnout in nurses and care workers in secure settings. Nursing Standard, 28(34), 37-45.
Tol, W. A.; Barbui, C.; Bisson, J.; Cohen, J.; Hijazi, Z. & Jones, L. et al. (2014). World Health Organization Guidelines for Management of Acute Stress, PTSD, and Bereavement: Key Challenges on the Road Ahead. PlosMedicine, 11(12), 1-5.
Ulhoa, M. L.; Garcia, F. C.; Lima, C. T. & Castro, P. A. A. (2011). Estresse ocupacional dos trabalhadores de um hospital publico de Belo Horizonte: um estudo de caso nos centros de terapia intensiva. REGE Revista de Gestao, 18(3), 409-426.
Vallereto, F. A. & Alves, D. F. (2013). Fatores desencadeadores do estresse ocupacional e da sindrome de burnout em enfermeiros. Revista Saude Fisica e Mental UNIABEU, 3(2), 1-11.
Veronika, M.; Zoltan, C.; Attila, O.; Dora, P. F. & Szilvia, A. (2013).Coping with work-related stress in health care professionals-strategies for prevention of burnout and depression. Orvosi Hetilap, 154(12), 449-454.
Whitebird, R. R.; Asche, S. E.; Thompson, G. L.; Rossom, R. & Heinrich, R. (2013). Stress, Burnout, Compassion Fatigue, and Mental Health in Hospice Workers in Minnesota. Journal of Palliative Medicine, 16(12), 1534-39.
Zanini, G. B.; Pinto, M. D. S.; Filippim, E. S. (2012). Analise bibliometrica aplicada a gestao do conhecimento. Conhecimento Interativo, 6(2), 124-140.
Claudia Aparecida Avelar Ferreira (1)
Mario Teixeira Reis Neto (2)
Zelia Miranda Kilimnik (3)
Adailson Soares dos Santos (4)
(1) Doutoranda em Administracao pela Pontificia Universidade Catolica de Minas Gerais --PUC, Minas Gerais (Brasil) E-mail: claudiahgv@gmail.com
(2) Doutor em Administracao pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Minas Gerais (Brasil). Professor Adjunto em Administracao na Fundacao Mineira de Educacao e Cultura pela Universidade FUMEC - FUMEC, Minas Gerais (Brasil). E-mail: reisnetomario@gmail.com
(3) Doutora em Administracao pela Universidade Federal de Minas Gerais--UFMG, Minas Gerais (Brasil). Professora Adjunta na Fundacao Mineira de Educacao e Cultura pela Universidade FUMEC--FUMEC, Minas Gerais (Brasil). E-mail: zeliamk@gmail.com
(4) Mestre em Administracao pela Universidade FUMEC - FUMEC, Minas Gerais (Brasil). E-mail: adailsonsoares@vahoo.com.br
Caption: Figura 2--Modelo dinamico do stress ocupacional de Cooper, Sloan e Williams
Tabela 1--Distribuicao por periodico e ano Ano Periodicos 2010 2011 2012 2013 2014 Faces 1 Rev. Bras. Anestesiologia 1 Rev. Esc. Enfermagem USP 1 Rev. Latino-Am. Enfermagem 1 Aquichan 1 Rev. Saude Publica 1 Rev. Gestao & Tecnologia 1 Eredeti Kozlemeny 1 Eur Arch Psychiatry 1 Clin Neurosci REGE 1 Journal of 1 Traumatic Stress Mental Health 1 Journal of 1 1 Nursing Management PLOS One 1 PLOS Medicine 1 Social Behavior and 1 Personality Industrial Health 1 Journal of Clinical 1 1 Nursing Contemporary Nurse 1 Rev. Gestao e 1 Planejamento-Unifacs Libyan Journal of 1 Medicine Journal of Psychiatric 1 and Mental Health Nursing Rev. Saude Fisica e 1 Mental-UNIABEU Journal of Advanced Nursing 1 Journal of Paliative Medicine 1 BMC Health Services Research 1 Nursing Standart 1 Revista Semente 1 Total/ano 3 8 7 6 6 % por ano 10 26,6 23,3 20,0 20,0 Frequencia Periodicos Absoluta Relativa % Faces 1 3,33 Rev. Bras. Anestesiologia 1 3,33 Rev. Esc. Enfermagem USP 1 3,33 Rev. Latino-Am. Enfermagem 1 3,33 Aquichan 1 3,33 Rev. Saude Publica 1 3,33 Rev. Gestao & Tecnologia 1 3,33 Eredeti Kozlemeny 1 3,33 Eur Arch Psychiatry 1 3,33 Clin Neurosci REGE 1 3,33 Journal of 1 3,33 Traumatic Stress Mental Health 1 3,33 Journal of 2 6,67 Nursing Management PLOS One 1 3,33 PLOS Medicine 1 3,33 Social Behavior and 1 3,33 Personality Industrial Health 1 3,33 Journal of Clinical 2 6,67 Nursing Contemporary Nurse 1 3,33 Rev. Gestao e 1 3,33 Planejamento-Unifacs Libyan Journal of 1 3,33 Medicine Journal of Psychiatric 1 3,33 and Mental Health Nursing Rev. Saude Fisica e 1 3,33 Mental-UNIABEU Journal of Advanced Nursing 1 3,33 Journal of Paliative Medicine 1 3,33 BMC Health Services Research 1 3,33 Nursing Standart 1 3,33 Revista Semente 1 3,33 Total/ano 30 100,00 % por ano 100 Fonte: Elaborada pelos autores, 2015. Tabela 2--Numero de autores por artigo Ano Numero de Artigos No de autores por artigo N % % Acum Media de 1 2 3 4 5 >5 autores por artigo 2010 3 10,0 10 0,5 0 0 0 0 1 2 2011 8 26,7 36,7 1,2 1 1 1 1 3 1 2012 7 23,3 60,0 1,2 2 1 1 1 1 1 2013 6 20,0 76,7 1 0 1 0 1 3 1 2014 6 20,0 100,0 1 1 1 0 3 0 1 Total 30 100,0 0 0,98 4 4 3 6 7 6 Fonte: Elaborada pelos autores, 2015. Tabela 3--Numero de publicacao por pais e relacao dos autores Autores Pais No de publicacao /pais Dorrian, Paterson, Dawson, Pincombe, Australia 3 Grech, & Rogers, 2011, Happell, Dwyert, Reid-Searl, Burke, Caperchione, & Gaskin, 2013, 9 Foureur, Besley, Burton, Yu, & Crisp, 2013 Ulhoa, Garcia, Lima, & Castro, 2011, Brasil 2 Metzker, Moraes & Pereira, 2012, Soares, Souza, Castro & Alves, 2011, kilimnik et al., 2012, Andrade, Albuquerque & Andrade, 2011, Guido, Goulart, Silva, Lopes & Ferreira, 2012, Farias, Teixeira, Moreira, Oliveira & Pereira, 2011, Paula, Reis, Dias, Dutra, Braga & Cortez, 2010, Vallereto & Alves, 2013 Lavoie-Tremblay, Trepanier, Fernet & Canada 2 Bonneville-Roussy, 2014, Oore, Leblanc, Day, Leiter, Spence Laschinger, & Price et al., 2010 Ding, Qu, Yu & Wang, 2014, Hu, Wang China 1 & Xu, Xu, 2014 Gregov & Kovacevic, 2011 Croacia 1 Veronika, Zoltan, Attila, Dora, & Hungria 1 Szilvia, 2013 Stewart & Terry, 2014 Inglaterra 3 Magnavita & Heponiemi, 2012, Albini, Italia 1 Zoni, Parrinello, Benedetti & Lucchini, 2011, Fiabane, Giorgi, Sguazzin & Argentero, 2013 Romani & Ashkar, 2014 Libano 2 Almeida, 2012, Laranjeira, 2011 Portugal 1 Gibb et al., 2010 Reino Unido 1 Rossler, 2012 Suica 1 Ager, Pasha, Yu, Duke, Eriksson & Uganda 2 Cardozo, 2012 Tol, Barbui, Bisson, Cohen, Hijazi & USA Jones et al., 2014, Whitebird, Asche, Thompson, Rossom & Heinrich, 2013 Total 30 Fonte: Elaborada pelos autores, 2015. Quadro 1--Alguns conceitos de estresse Autor Conceito de Estresse Seyle (1956) Considerado por muitos como o precursor dos estudos de estresse, tal fenomeno pode ser definido como o desgaste ocasionado pela inadaptacao prolongada do individuo as exigencias psiquicas da vida. Simonton (1987) Define o estresse como um desgaste do organismo humano provocado por tensao cronica, bastante tipica da vida moderna. Para esse autor, os individuos mais propensos ao estresse sao, normalmente, aqueles que nao conseguem--ou nao se permitem--relaxar ou mesmo se refazer de uma situacao de tensao, passando imediatamente a lidar com outras, atingindo, dessa forma, um estado de estresse cronico. Couto (1987) Define o estresse como um estado em que ocorre desgaste anormal do organismo e/ou diminuicao de sua capacidade de trabalho em virtude da incapacidade do individuo de tolerar por longo tempo, superar ou se adaptar as exigencias de natureza psiquica presentes em seu meio. Nesse sentido, "o estresse acontece quando ha interacao desfavoravel entre as variaveis do meio e a estrutura psiquica do individuo". Albrecht (1988) E um conjunto de condicoes bioquimicas do organismo humano, as quais refletem a tentativa do corpo de se ajustar as exigencias do meio. Para o autor, o estresse nao e doenca, mas uma situacao de descontrole de uma funcao biologica normal do nosso organismo. Santos (1988) Entende o estresse como um estado intermediario entre a saude e a doenca, durante o qual o organismo luta contra o agente causador do problema. Para ele, o individuo normalmente nao tem consciencia de que sua saude esta ameacada, mas no interior de seu corpo esta sendo travada uma luta silenciosa ("sindrome de adaptacao") contra os agentes estressores. A doenca surge quando o individuo perde essa batalha, seja porque os fatores estressores sao bastante fortes, seja porque seus mecanismos imunologicos e de defesa encontram-se enfraquecidos. Fonte: Adaptado de Sant'Anna & Kilimnik (2011, p.180). Quadro 2--Relacao conceituai entre escalas e subescalas do OSI Fontes de pressao Diferencas Manifestacoes no trabalho individuais do estresse Fontes de pressao Comportamento 5. Estado de Saude no trabalho do Tipo A Fatores intrinsecos Atitude para com 5.1 Fisica ao trabalho a vida Papel gerencial Estilo de 5.2 Mental comportamento Relacionamento Ambicao interpessoal Carreira /realizacao Locus de Controle 6. Satisfacao no Trabalho Estrutura e clima Influencia 6.1 Trabalho em si organizacional individual Interface Processos gerenciais 6.2 Estrutura organizacional trabalho/casa Forcas organizacionais 6.3 Processos organizacionais 4. Mecanismos de 6.4 Relacionamento Controle e /ou interpessoal Defesa 4.1 Apoio social 4.2 Logica 4.3 Interface casa/trabalho 4.4 Gerenciamento do tempo 4.5 Envolvimento Fonte: Moraes & Kilimnik (1994). Quadro 3--Relacao de causa e efeito, medidas de prevencao por autor Causas Efeitos Medidas de Autores prevencao Estresse Burnout Estrategias de Almeida, coping como 2012, controle da Guido gestao de et al., sintomas 2012, Vero -nika et al., 2013 Carga de Autoavaliacao Politica de Andrade trabalho negativa sobre qualidade no et al., elevada, a qualidade de trabalho, 2011, indisponibi vida (QV), reavaliacao Ulhoa -lidade de estresse pessoal, et al., suporte da ocupacional e reciclagem 2011, gestao, comprome profissional, Happell questoes de -timento alternativas et al., recursos da saude de lazer, 2013 humanos, fisica e motivacao, problemas psicologica planejamento interpessoais, de horas familiares de de trabalho, pacientes, modificacao da mudanca de carga de trabalho, trabalho, procedimento alterar turno de entrega, de trabalho, falta de area musica, comum de eventos convivio, especiais, falta de participacao progressao no da gestao, trabalho e lideranca, saude mental descanso, do paciente massagistas Elevado nivel Cefaleia, Medidas de Dorrian estresse e sensacao de acompanhamento et al., exaustao fadiga, dores durante 2011, nas pernas e atividade Farias taquicardia, laboral, et al., burnout, melhorar a QV 2011, depressao, da equipe de White ansiedade, saude, -bird disturbio do cartilhas, et al., sono, apoio social, 2013, sonolencia atividade Ding et extrema, fisica, maior al., acidente perto contato com os 2014 do local de colegas, trabalho, estrategias de insatisfacao, compensacao da uso de alcool falta de sono e medicamentos e do sono nos para dormir, dias de consumo de trabalho, cafeina gestao do burnout Incivilidade, Tensao e Gestao de Oore et sobrecarga de estresse, civilidade e al., trabalho, fadiga e dor respeito, gozo 2010, desrespeito, nos musculos de ferias Metzker tensao e do pescoco e regularmente, et al., desempenhar ombro, pratica de 2012, varias burnout, exercicios Ager et atividades depressao, fisicos, al., simultanea- transtornos de elevado nivel 2012 mente, ansiedade e de suporte condicoes de estresse social, coesao trabalho, pos- da equipe, pressao traumatico, menor exaustao exposicao emocional aos estressores Falta de Recursos de Oferta de Albini interacao trabalho recursos de et al., entre a demanda inadequados, trabalho 2011, de trabalho e estresse, adequada, Lavoie recursos de burnout, implementacao -Trem trabalho a absenteismo de politicas -blay tempo, quadro preventivas e et al., de pessoal protetivas 2014 deficitario, relacao entre numero de paciente por profissional inadequado, numero de dias de folga nao corresponde ao aumento da demanda de trabalho, acidentes com agentes biologicos Falta de Burnout, baixo Justica penal, Paula supervisao e envolvimento educacao, et al., educacao, no trabalho, supervisao 2010, assessores mais sofrimento clinica e Fiabane envolvidos no psiquico, intervencao et al., trabalho, comprometi psicologica, 2013, inexistencia -mentoda apoio, Stewart conceitual de saude fisica desenvolvimento & gerencia e e mental pessoal e Terry, chefia profissional 2014 continuo, melhoria das praticas clinicas e saude psicologica voltada para a carga de trabalho, satisfacao no trabalho, relacionamento interpessoal satisfatorio com a chefia Condicoes de Burnout, Programa para Gibbet trabalho, carga estresse, reduzir o al., de trabalho erros medicos, estresse, 2010, excessiva, comprometi terapia Soares muitas horas de -mento da cognitivo et al., trabalho ou propria missao -comporta 2011, longos turnos da equipe de -mental, Rossler noturnos, familia, sessoes de , 2012, exigencia de elevado nivel Balint na Valler pacientes e de sofrimento, prevencao do -eto & familiares, queixas burnout, Alves, salarios somaticas exercicios 2013, baixos, para reduzir Romani suicidio de ansiedade, & paciente, melhoria do Ashkar, ambiente de bem-estar, 2014 trabalho, intervencao trabalho em individual e turno, organizacional, escassez mudanca dos de pessoal, fatores falta de ambientais, recursos tomada de materiais, decisao rapida sobrecarga quando laboral, falta confrontados de autonomia, com sobrecarga relacionamento de informacoes, interpessoal, melhoria das desvalorizacao, condicoes de baixos salarios, trabalho e grande diminuicao do responsabili sofrimento dos -dade, trabalhadores, sobrecarga promocao de um emocional, ambiente/ excessiva relacoes e responsabili fluxo de -dade, trabalho ritmo acelerado mais saudaveis, do trabalho, reconhecimento vulnerabili do aumento da -dades, pressao, nao cumprimento evitar de metas, falta ambiguidade de apoio dos em torno do colegas, baixa papel em de pessoal, relacao aos restricoes objetivos organizacionais Pressao no Nervosismo, Melhoria dos Gregov trabalho, vida irritabili equipamentos e et al., pessoal e -dade, triagem mais 2011, familiar, ansiedade, efetiva, Kilim ambiguidade de depressao, relacionamento -nik et papel fadiga, interpessoal al., principalmente estresse, e reducao da 2012, para mulheres intencao ambiguidade Hu et e casadas, de deixar de papeis, al., conflitos desenvolvimento 2014 entre trabalho profissional -familia Morte de Estresse Autocontrole, Laran paciente, busca de apoio -jeira, situacao de social, gestao 2011, emergencia e do estresse, Foureur baixo apoio, mudanca no et al, sofrimento estilo de 2013 devido a lideranca a natureza do nivel trabalho e gerencial, locais de realocacao de trabalho pessoal, praticas holisticas de meditacao Violencia fisica Elevada Melhoria da Magnavita e nao fisica tensao no justica & Hepo no trabalho trabalho, organizacional, -niemi, baixo apoio, apoio social e 2012 baixa justica controle do organiza trabalho -cional, elevada tensao psicologica Acidentes Estresse Intervencoes de Tol et severos, psicoterapeutas al., eventos com 2014 traumaticos, profissionais conflitos treinados, de armados e forma que os violencia esforcos por genero colaborativos sejam de acordo com o contexto sociocultural e a realidade do sistema de saude. As abordagens podem ser tanto medicamentosas, dependendo da condicao mental do individuo, como tambem de relaxamento. Fonte: Elaborado pelos autores, 2015. Figura 1--Numero de publicacoes nos periodicos RAC e BAR no periodo de 2010 a 2014 RAC BAR 2014 42 24 2013 36 24 2012 34 40 2011 48 23 2010 55 24 TOTAL 215 125 Fonte: Elaborada pelos autores. Note: Table made from bar graph